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Rotulagem ambiental certifica menor impacto e conscientiza consumidores

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rotulagemCategorias de ecosselos, critérios de padronização, tendências mundiais na aplicação de gestão ambiental em instrumentos sustentáveis e manejo florestal aliado à construção civil envolvem setores produtivos brasileiros

A conformidade ambiental atestada por organismos oficiais tornou-se imprescindível ao consumo consciente. Como efetiva ferramenta desta abordagem, os selos ambientais, embasados em critérios de ACV – Análise de Ciclo de Vida ou independentes, são cada vez mais adotados por empresas brasileiras e internacionais em busca de um símbolo com qualidade palpável e visível na embalagem.

Com isso, se orientar entre as gôndolas de supermercados e manter um senso crítico quanto aos impactos ambientais causados por produtos torna-se possível ao cliente comum, desde que bem orientado sobre os princípios utilizados em uma certificação. Portanto, é fundamental saber que a história da rotulagem ambiental remete à década de 1940, com a obrigatoriedade de identificar substâncias danosas à saúde humana e ao meio ambiente, como os pesticidas e raticidas.

Diante da iniciativa, em pouco tempo o selo seria transferido a todos os produtos que possuíssem substâncias tóxicas controladas em sua composição, com informações a respeito do manuseio e armazenagem. Ainda que figuras despadronizadas ilustrassem os potes desses artigos, logo a necessidade de identificar novos produtos seria considerada.

Em meados da década de 70, com a abusiva utilização de agrotóxicos em plantações como prevenção às pragas, idealizou-se os rótulos para alimentos orgânicos. De implantação voluntária, o próprio fabricante ou uma entidade ambientalista especializada informava a nulidade de substâncias perigosas na produção.

Devido à rápida aceitação do público, seguro por consumir alimentos naturais sem a presença de substâncias prejudiciais, e o crescimento do movimento ambientalista prenunciado por ecologistas, fabricantes de diversos produtos descobriram um segmento a explorar. Sentindo a segurança dos consumidores obtida por atestados de conformidade, empresários iniciaram o que hoje se conhece por selos verdes, ao especificarem nas embalagens de seus produtos os aspectos ambientais positivos a que eles atendiam.

Porém, os critérios utilizados não eram cientificamente comprovados ou informados aos consumidores e, com isso, a veracidade das informações não podia ser confirmada. A partir deste momento histórico, percebe-se a viabilidade da criação de normas e entidades reguladoras de selos ambientais.

Panorama mundial – A rotulagem ambiental cresceu com ações governamentais e privadas. A primeira e mais conhecida iniciativa de uniformização, em 1978, abordada pelo governo de todo um país na busca por um símbolo que atestasse a qualidade ambiental de um produto, foi o selo “Blue Angel”, da Alemanha.

Como um rótulo de terceira parte, a administração federal alemã estipulou algumas características ambientalmente corretas e as elencou como princípios dos produtos postulantes ao selo. No final da década de 80 observou-se um sólido incentivo à criação de etiquetas ecológicas, seguida pelos países nórdicos – Noruega, Suécia, Finlândia, Dinamarca e Islândia –, com o selo “Nordic Swan”, de 1988; o Canadá, com o “Environmental Choice”, no mesmo ano; bem como o Japão, nomeando o “Eco-Mark”, em 1989, como seu representante.

No início dos anos 90, com alguns países pressionados com as idealizações anteriores, vieram o “Green Seal”, dos EUA; o “NF-Environnement”, da França; também o “Eco Mark”, da Índia e da Coréia; o “Green Label”, de Cingapura; bem como o “Environmental Choice”, da Nova Zelândia; o “European Ecolabelling”, da União Européia; e, por fim, o “AENOR”, da Espanha, como protagonistas da retomada dos selos ambientais.

Existentes até os dias de hoje, esses rótulos, embora com o mesmo objetivo, utilizam diferentes metodologias na abordagem de classificação de seus produtos. Para que esses variados critérios possam dialogar entre si e construir uma rede de relacionamento onde os países que usam a ecoetiqueta possam trocar experiências, o selo norte americano Green Seal propôs a criação de uma rede mundial de rotulagem ambiental.

Assim surgiu, a GEN – Global Ecolabelling Network, associação sem fins lucrativos, com sede no Canadá, criada em 1994, em busca de aprimorar e desenvolver a rotulagem ambiental em todo o mundo. A ideia é que, através da organização mundial, as diversas associações nacionais prestem assistência mútua. Com isso, a coordenação internacional da rede busca, ainda, promover o desenvolvimento gradual de programas de selos verdes nos países, especialmente naqueles que desejam introduzir um sistema de rotulagem ambiental.

Atualmente, mais de 20 países formam a rede global de ecorrotulagem, entre eles o Brasil, representado pelo selo de Qualidade Ambiental da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, representante da ISO no país. A etiqueta fornecida pela entidade destina-se a produtos de alguns dos setores que mais causam ressalvas às pessoas e é um importante instrumento para essa dissolução. Entre os artigos certificados, estão papel e celulose, couro e calçados, eletrodomésticos, aerossóis sem CFC – Clorofluorcarbono, baterias automotivas, detergentes biodegradáveis, lâmpadas, móveis de madeira, embalagens, cosméticos e produtos de higiene pessoal.

Fonte: RMAI

 

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