Ambiente Melhor

O SMOG Paulistano

Avalie este item
(8 votos)

poluicao sao_paulo_nascer_do_sol

Em Londres existe o famoso FOG londrino, mas em São Paulo, a maior metrópole da América do Sul, nós temos o SMOG, que nada mais é que a junção de SMOKE (fumaça) + FOG (névoa), para piorar um pouco mais o nome, na verdade chama-se SMOG fotoquímico, uma névoa formada da mistura de poluentes secundários criados pelas reações entre os óxidos de nitrogênio e alguns compostos orgânicos voláteis, liberados durante a queima incompleta e na evaporação de combustíveis e solventes. Esse material reage na presença dos raios ultravioleta do Sol gerando o ozônio, um dos poluentes que mais contribuem para os baixos índices de qualidade do ar nos grandes centros urbanos.

Por esses dias, a umidade do ar cidade de São Paulo atingiu o valor crítico de 30%, o efeito é agravado ainda mais pela grande concentração de material particulado que paira na atmosfera e que tem tornado os dias dos paulistanos cada vez mais irrespiráveis.

Apesar da baixa umidade ser comum nessa época do ano, as péssimas condições da atmosfera na Grande São Paulo estão altamente favorecidas pela intensa poluição do ar, agravada em grande parte pela maior circulação de automóveis. Estudos realizados evidenciaram que a utilização do álcool na matriz energética também influenciou a relação dos compostos orgânicos emitidos para a atmosfera, colaborando ainda mais com o problema.

poluicao sao_paulo

Devido à fraca circulação dos ventos e baixa umidade, o material poluente não se dissipa e cria uma névoa seca facilmente visível em fotografias de longa distância, o SMOG.

Apesar das imagens mostrarem a camada de poluição no horizonte, de fato ela não está distante. Toda a cidade está imersa dentro dessa névoa, que apenas parece amplificada no horizonte devido à ilusão de ótica causada pela densidade do ar poluído.

O Brasil, como todo país em desenvolvimento, apresenta um crescimento explosivo de suas regiões metropolitanas.

O Estado de São Paulo enfrenta uma situação particularmente preocupante por deter mais de 30% da frota automotiva do país. Segundo dados da PRODESP, a frota motorizada no Estado de São Paulo, em abril de 2012, é de aproximadamente 22,4 milhões de veículos. A frota da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) representa mais de 8,5 milhões de veículos. A frota de veículos do ciclo Diesel (caminhões, ônibus, microônibus, caminhonetes e vans), no Estado de São Paulo, é composta por 3 milhões de veículos e na RMSP por 891,690 mil veículos.

veiculos

Nas áreas metropolitanas, o problema da poluição do ar tem-se constituído numa das mais graves ameaças à qualidade de vida de seus habitantes. As emissões causadas por veículos carregam diversas substâncias tóxicas que, em contato com o sistema respiratório, podem produzir vários efeitos negativos sobre a saúde. Essa emissão é composta de gases como: monóxido de carbono (CO), óxidos de nitrogênio (NOx), hidrocarbonetos (HC), óxidos de enxofre (SOx), material particulado (MP), etc.

O monóxido de carbono (CO) é uma substância inodora, insípida e incolor - atua no sangue reduzindo sua oxigenação.

Os óxidos de nitrogênio (NOx) são uma combinação de nitrogênio e oxigênio que se formam em razão da alta temperatura na câmara de combustão - participa na formação de dióxido de nitrogênio e na formação do "smog" fotoquímico.

Os hidrocarbonetos (HC) são combustíveis não queimados ou parcialmente queimados que é expelido pelo motor - alguns tipos de hidrocarbonetos reagem na atmosfera promovendo a formação do "smog" fotoquímico.

A fuligem (partículas sólidas e líquidas), sob a denominação geral de material particulado (MP), devido ao seu pequeno tamanho, mantém-se suspensa na atmosfera e pode penetrar nas defesas do organismo, atingir os alvéolos pulmonares e ocasionar:

• mal estar;
• irritação dos olhos, garganta, pele etc.;
• dor de cabeça, enjôo;
• bronquite;
• asma;
• câncer de pulmão.

Outro fator a ser considerado é que essas emissões causam grande incômodo aos pedestres próximos às vias de tráfego. No caso da fuligem (fumaça preta), a coloração intensa e o profundo mau cheiro desta emissão causa de imediato uma atitude de repulsa e pode ainda ocasionar diminuição da segurança e aumento de acidentes de trânsito pela redução da visibilidade.

É importante um estudo aprofundado e emergencial de formas de diminuir essas emissões evitando a formação do fenômeno SMOG, o que com certeza irá melhorar a qualidade do ar e de Vida da população dos grandes centros.

Fonte: Apolo11.com & CETESB

 

Siga-nos no Linkedin

Mais Artigos

I V F

         e-mail: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.    Tel: 55 11 97348-9511

Copyright© 2012 - Ambiente Melhor. Todos os direitos reservados.